SOBREVIVÊNCIA DE ESPÉCIES ARBÓREAS DA CAATINGA EM DOIS PROJETOS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
SOBREVIVÊNCIA DE ESPÉCIES ARBÓREAS DA CAATINGA EM DOIS PROJETOS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS
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Data
2023-02-03
Autores
ALMEIDA, RAPHAEL AUGUSTO PEREIRA DE
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Resumo
A biodiversidade da Caatinga vem sofrendo desde o período colonial, uma série de impactos
relacionados ao processo de desertificação, à degradação das terras em regiões áridas,
semiáridas e subúmidas secas. O objetivo do trabalho foi identificar a sobrevivência de espécies
florestais em duas áreas degradadas de Caatinga, localizadas na zona rural dos municípios de
Santana dos Matos – RN e Alto Santo – CE, submetida ao processo de recuperação pelo método
de plantio direto de mudas nativas. O experimento foi desenvolvido em campo, durante o
período de maio de 2021 a novembro de 2022. As duas áreas tiverem exploração mineral para
retirada de piçarra/saibro e posteriormente sujeitas ao Projeto de Recuperação de Áreas
Degradadas (PRAD). Foi realizado um inventário a 100%, sob a metodologia de Censo
Florestal. O censo ocorreu nos dias 22 e 23 de novembro de 2022, onde foram contabilizados
todos os indivíduos sobreviventes por espécie. Os resultados mostraram que família Fabaceae
apresentou um elevado número de indivíduos regenerantes, com destaque para a espécie
Mimosa tenuiflora e Croton blanchetianus em ambas as áreas, na qual a primeira espécie se
aproximou do número de indivíduos plantados, favorecendo assim a recuperação da área
degradada de forma natural. Das espécies sobreviventes no município de Alto Santo-CE
podemos destacar a espécie Combretum leprosum (mofumbo), com 14,8%. É possível observar
uma alta taxa de mortalidade das mudas de espécies nativas da Caatinga plantadas nos
municípios estudados. Em Alto Santo-CE a mortalidade atingiu aproximadamente 70%, já em
Santana dos Matos-RN atingiu 88%. Constatou-se que o maior número de indivíduos
sobreviventes tanto plantados como regenerantes pertencentes a família Fabaceae estar
relacionado diretamente as espécies pioneiras, que possuem maior resistência. A espécie
Mimosa tenuiflora (Jurema-preta) foi a que obteve maior número de indivíduos regenerante.
Das espécies plantadas, Combretum leprosum (mofumbo), foi a que obteve maior porcentagem
de sobrevivência, atingindo 14,8%. A alta mortalidade das espécies secundárias, pode ter
ocorrido em função de fatores como a distribuição irregular da precipitação.
Palavras-chave: PRAD; Regeneração Natural; Plantio de nativas.