CARACTERIZAÇÃO DO MANEJO REPRODUTIVO DE PROPRIEDADES LEITEIRAS NA REGIÃO DO BICO DO PAPAGAIO - TO
CARACTERIZAÇÃO DO MANEJO REPRODUTIVO DE PROPRIEDADES LEITEIRAS NA REGIÃO DO BICO DO PAPAGAIO - TO
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Data
2025-08-13
Autores
RESENDE, SARAH BORGES
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Resumo
O Brasil é um dos maiores produtores de leite no mundo, atividade predominantemente exercida por pequenos e médios produtores. No entanto, a existência de dificuldades no manejo reprodutivo do rebanho é uma realidade que impacta negativamente a
produtividade e a qualidade do leite. Diante desse cenário, o presente estudo teve como objetivo caracterizar os manejos adotados por pequenos e médios produtores leiteiros da microrregião do Bico do Papagaio, com impacto nos aspectos reprodutivos e produtivos do rebanho, bem como levar informações técnicas aos produtores. Foram visitadas 67 propriedades nos municípios de Buriti e Axixá do Tocantins. Durante as visitas, os produtores responderam um questionário, receberam materiais informativos e orientações sobre o manejo reprodutivo de bovinos leiteiros. A maioria dos produtores afirmaram que: 93% utilizam raças leiteiras adaptadas ao sistema de produção; 76% nãorealizam ajustes nutricionais conforme a necessidade do animal; 96% não ofereciam dieta pré-parto as fêmeas gestantes; 70% realizam divisão de lotes de vacas em lactação;72% não separam lotes de recria; 100% utilizavam monta natural; 94% não utilizam Inseminação Artificial (IA) ou Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF); 78% não registram coberturas; 63% não controlam nascimentos; e 100% não praticam a vacinação reprodutiva. A utilização de monta natural, associada às falhas de controle sanitário e carência de escrituração zootécnica, compromete os índices reprodutivos e a sustentabilidade da produção. Conclui-se que a baixa adoção de práticas tecnificadas está relacionada à escassez de assistência técnica e do desconhecimento dos benefícios das biotecnologias reprodutivas, evidenciando a necessidade de políticas públicas voltadas à capacitação dos produtores e ao fortalecimento da extensão rural.