BEM-ESTAR ANIMAL EQUINO: COMPARATIVO DE INDICADORES CLÍNICOS E ETOLÓGICOS QUANTO AO MANEJO DE CRIAÇÃO
BEM-ESTAR ANIMAL EQUINO: COMPARATIVO DE INDICADORES CLÍNICOS E ETOLÓGICOS QUANTO AO MANEJO DE CRIAÇÃO
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Data
2023-07-20
Autores
SENA, MARIA EDUARDA DO NASCIMENTO
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Resumo
Entende-se como bem-estar animal (BEA) o estado em que o animal se encontra
ao tentar se manter em equilíbrio onde vive. Existem vários indicadores que podem ser usados
para mensurar o bem-estar de um animal, sendo a observação de alterações comportamentais o
mais rápido e prático. O conhecimento sobre o comportamento natural de uma espécie permite
o reconhecimento de alterações significativas. Em equinos, o confinamento vai de encontro
com seu comportamento natural. Ao considerar as diferenças entre os tipos de manejo, o
presente estudo tem como objetivo avaliar indicadores clínicos e etológicos em equinos quanto
ao manejo de criação ao ar livre e estabulados, averiguando a interferência dos estilos de criação
quanto a saúde física do animal, bem como avaliando a influência do desses sistemas no
desenvolvimento de estereotipias. Foram utilizados 16 animais, sendo 8 animais pertencentes
ao grupo de animais estabulados e 8 oriundos dos animais criados ao ar livre. A avaliação
comportamental foi feita por monitoramento em um período de 12h seguidas, com intervalos a
cada 10 minutos e os comportamentos foram divididos entre categorias de comportamento
natural e comportamento anormal. Ainda foi feita uma mensuração das condições físicas gerais,
dentre os parâmetros avaliados, havia a condição corporal (adiposidade), o estado geral desses
animais através da qualidade do pelame, casco, crina e presença ou alteração de saúde,
observação de presença de feridas e incidência de cólica. Por fim, foi aplicado um questionário,
com 18 perguntas, aos tratadores, referentes a habitação, alimentação, comportamentos e
interações desenvolvidos. Os resultados apontaram que equinos estabulados e equinos criados
ao ar livre apresentam diferenças nos parâmetros de bem-estar mensurados. Os equinos
estabulados apresentaram comportamentos anormais como morder madeira, agressividade e
movimentos repetitivos da cabeça, além de alterações clínicas sugestivas de comprometimento,
como frequência cardíaca e presença de escoriações. Os equinos criados ao ar livre
apresentaram carga mínima de comprometimento de bem-estar podendo estar relacionado ao
tipo de atividade que são destinados, por estes participarem do policiamento ostensivo.