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ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA NO PARÁ: DISTRIBUIÇÃO, PREVALÊNCIA E RISCOS (2019–2023)
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA ANEMIA INFECCIOSA EQUINA NO PARÁ: DISTRIBUIÇÃO, PREVALÊNCIA E RISCOS (2019–2023)
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Data
2025-08-26
Autores
BEZERRA, EMILY AGNES BARROS
Journal Title
Journal ISSN
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Publisher
Resumo
A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença infectocontagiosa causada por um Lentivírus da família Retroviridae. A transmissão ocorre principalmente pela picada da mosca-dos- estábulos (Stomoxys calcitrans) e da mosca-do-cavalo (Tabanus sp.), mas também por meio do compartilhamento de agulhas, freios ou outros fômites contaminados com sangue de animais infectados. No Brasil, a entidade que regulamenta o controle da AIE é o Programa Nacional para a Sanidade Equina (PNSE), sendo utilizados os testes ELISA como triagem e a Imunodifusão em Ágar Gel (IDGA) com alta especificidade sendo o teste reconhecido como padrão ouro. Apesar desse controle há uma grande diversidade de prevalências registradas, não existindo na literatura dados agrupados sobre a prevalência da doença em todo território nacional, havendo apenas pesquisas em regiões específicas, pois devido a heterogeneidade na criação entre as regiões ocorre uma diversidade na influência de disseminação de agentes infecciosos e na manifestação de doenças. Dessa forma o objetivo do estudo foi estimar a prevalência da Anemia Infecciosa Equina no Estado do Pará, bem como observar fatores de risco e a distribuição no estado, utilizando-se as informações obtidas da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Para (ADEPARÁ). A região com maior número de focos da doença foi a região sudeste com 531 focos, seguida da região nordeste-metropolitana com 500 focos, no período de estudo. Em relação as taxas de prevalência nas cidades foram observadas decréscimo ao longo dos anos, apesar de ser possível observar algumas flutuações como Castanhal em 2020 que obteve uma prevalência de 40,78%. Quanto aos fatores de risco foram observados desvios de biossegurança, como o compartilhamento de materiais de montaria e agulhas, bem como a presença de insetos hematófagos em repouso nos animais. A partir dos resultados observados neste estudo a AIE é uma doença que requer controle contínuo pelo risco eminente de surto, além da possibilidade de estar fortemente associada as condições de manejo, a falta de controle de vetores e as práticas inadequadas de biossegurança.