A ESCOLA TAMBÉM É UM ESPAÇO DE MEMÓRIA E ANCESTRALIDADE: uma proposta de letramento literário para a diversidade étnica por meio das Literaturas Indígenas

dc.contributor.author COSTA, WALQUIRIA LIMA DA
dc.date.accessioned 2022-12-12T17:26:42Z
dc.date.available 2022-12-12T17:26:42Z
dc.date.issued 2022-12-12
dc.description.abstract Durante séculos, os povos originários não tiveram garantidos direitos constitucionais. Das nações indígenas que resistiram e sobreviveram ao processo colonizador, há o registro feito pelo Censo do IBGE (2010) de cerca de 900 mil indígenas, divididos em 307 povos, que residem em aldeias ou nos centros urbanos, de todos os estados brasileiros. Cada povo com suas especificidades e diversidades de práticas culturais, constituindo-se com grande relevância na construção da ancestralidade brasileira. No entanto, apesar dessa importância para a constituição da nossa identidade, o Brasil ainda desconhece esses povos, suas culturas e histórias. O que contribui, em grande parte, para que tenhamos, arraigados no imaginário nacional, estereótipos negativos sobre os povos nativos, que por sua vez, refletem nos preconceitos e violências física e simbólica que tanto geram epistemicídios e genocídios há cinco séculos. Diante desse quadro, a escola, assim como as universidades e centros de pesquisas apresentam-se como lugares privilegiados para se (re)conhecer esses povos e seus saberes, o que pode propiciar/motivar uma educação cidadã, que respeite e conviva harmonicamente com as diversidades etnicorraciais. Nesse propósito, para valorar a história e cultura afro-brasileira e indígena, foi criada a Lei 11.645/2008 que alterou a Lei 9.394/1996, já modificada pela Lei 10.639/2003, estabelecendo as diretrizes e bases da educação nacional, incluindo, no currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena”. Portanto, tendo como objeto “o ensino de Literatura Indígena em escolas da rede pública de Imperatriz”, é que se propõe este estudo, visando responder a seguinte problemática: Como a Literatura Indígena é trabalhada nas escolas, campo da pesquisa, para atender à Lei 11.645/2008? Dessa forma, o intuito central desta investigação é analisar de que forma é trabalhada a Literatura Indígena em três escolas da rede pública de Imperatriz, verificando que atividades envolvem a Literatura Indígena e como estas são realizadas nas escolas campo da pesquisa. Para alcançar os objetivos, aos quais nos propomos, foram realizadas pesquisa bibliográfica, exploratória descritiva, assim como adotamos a metodologia da pesquisa de campo, que fez uso da técnica da entrevista e realizou oficinas com professores. Sendo que, para fundamentar este texto, foram utilizados os estudos de Danner (2018), Candido (2006), Graúna (2021), Munduruku (2017), Soares (2015), Thiél (2012), dentre outros. Durante a pesquisa de campo, observou-se o descaso para com os acervos, sendo estes guardados em sala de aula e/ou espaço da biblioteca, mas sem os cuidados necessários para a preservação e o empréstimo. Em duas escolas, foram encontradas algumas obras de autoria indígenas e muitas outras de autores não indígenas. Assim como foi verificado que, em algumas, os professores trabalham a literatura apenas no dia 19 de abril. Procuramos desconstruir esses enraizamentos preconceituosos e cheios de discriminação. Portanto, a oficina em letramento literário indígena auxiliou os docentes, construindo materiais e propostas, orientando como inserirem os textos literários nativos em salas de aulas, mostrando como esses são potenciais instrumentos para se apontar um caminho para o respeito para com a diversidade étnica. Palavras-chave: Literaturas Indígenas; Lei 11.645/2008; Letramento Literário; Memória; Ancestralidade.
dc.identifier.uri https://repositorio.uemasul.edu.br/handle/123456789/153
dc.language.iso pt
dc.title A ESCOLA TAMBÉM É UM ESPAÇO DE MEMÓRIA E ANCESTRALIDADE: uma proposta de letramento literário para a diversidade étnica por meio das Literaturas Indígenas
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