Mestrado em Letras

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    POESIA NEGRA SURDA: a gestualidade das mãos em produções poéticas
    ( 2024-09-19) SANTOS, HÁVILA SÂMUA OLIVEIRA
    Esta pesquisa visa abordar aspectos da construção poética da poesia Slam produzida por negros surdos, permeando questões acerca da língua de sinais, cultura e das identidades negra surda, tomando por base as potencialidades analíticas das manifestações performáticas. Considerando a viabilidade do ensino de poesias em sala de aula, argumentamos tecer a importância do entrelaçamento do manifesto artístico Slam com poesias de negros surdos, como possibilidade de desconstrução do estranhamento sobre as produções poéticas de negros surdos. O corpus deste estudo é constituído por três poesias sinalizadas em Libras de autoria de negros surdos. Discorre-se nessa investigação às contribuições de estudiosos da área como Karnopp (2008; 2010) e Sutton-Spence (2005; 2021) acerca do funcionamento das produções poéticas sinalizadas contemporâneas no campo da Literatura Surda. Utilizou-se, também, os estudos de Perlin (1998; 2003) e Strobel (2008; 2009; 2016) que abordam sobre a identidade e cultura dos estudos surdos, bem como os argumentos de Brito e Souza (2022) sobre elementos que estão imbricados tanto na Literatura Surda e Literatura Negra. Acerca deste último, utilizamos os estudos de autores da Literatura negra como Bernd (1988) e Conceição Evaristo (2020) que teorizam sobre a legitimação e visibilidade da escrita negra no espaço literário. Como Produção Técnico-Tecnológica para este estudo produziu-se três vídeoaulas com análise das poesias e um roteiro de estudo com as poesias ilustradas como sugestão de atividades escritas das poesias selecionadas para este estudo, destacando aspectos linguísticos, identitários e culturais.
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    CATEDRAIS, VULTOS E SEPULCROS: As manifestações do Gótico na poesia de Gonçalves Dias
    ( 2024-09-19) MELO, EDUARDO OLIVEIRA
    Diante do processo de alijamento que o Gótico sofreu no âmbito dos estudos acerca da literatura brasileira, e sua recente ascensão nas investigações literárias, essa dissertação buscou compreender de que forma o Gótico, no contexto sociocultural brasileiro do século XIX, se manifestou na poesia de Gonçalves Dias, literato maranhense lembrado pela crítica e pelos estudos, sobretudo, por sua vertente indianista. Desse modo, articulou-se conhecimentos da História e da Literatura com fim de analisar a influência específica desse novo ambiente em que o estilo gótico se redefiniu, visto que é típico de uma literatura europeia, e, mais especificamente, inglesa. A análise investigou as estruturas sociais, o lugar em que se insere o poeta e seu público, as tendências ideológicas e o imaginário, além dos meios de transmissão da obra disponíveis (Candido, 2023; Le Goff, 1994), e, adentrando na seara poética, focou-se nas imagens, sons, ritmos, ideias constituintes, e potências metafóricas (Pound, 1991; Moisés, 1969). Constituiu-se, portanto, como uma pesquisa de teor qualitativo e explicativo (Creswell, 2010; Gil, 2002), uma vez que busca determinar as causas de um fenômeno em suas especificidades. O corpus empregado foi a obra de estreia de Gonçalves Dias, “Primeiros Cantos” (1846), marco da literatura romântica nacional. A metodologia constitui-se da combinação de abordagens extrínsecas e intrínsecas à obra (Wellek; Warren, 2003), estabelecendo diálogo direto com as teorias selecionadas. Como resultados, desvelou-se o papel do catolicismo, religião influente no Brasil no século XIX, enquanto base para temáticas obscuras como a morte, o pecado, a apostasia, que se desenvolvem a partir de fantasmas, visões, pesadelos, cemitérios e igrejas, paisagens escuras e desoladas, elementos presentes em obras da tradição gótica. Além disso, o gótico incorporou o nacionalismo, transmutando, na poesia indianista, os portugueses em figuras horrendas, que trarão a ruína aos povos indígenas, símbolos do que é essencialmente brasileiro. Nesse sentido, esses dois aspectos se tornam fundamentais na constituição de um Gótico nacional.
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    GRAMATIQUICES: O ensino de Morfologia em escolas municipais de Açailândia– MA
    ( 2024-07-05) SILVA, FERNANDA SUELEN FREITAS DA
    Apesar das inúmeras discussões a respeito do ensino de Língua Portuguesa no Ensino Básico, a questão central para os professores de Português gira em torno do dilema de “ensinar ou não ensinar Gramática”, culminando em abordagens que isolam, muitas vezes, palavras e frases descontextualizadas. Assim, torna-se necessário a revisão dessas práticas pedagógicas, cujo intuito é a melhoria do ensino de Gramática na sala de aula. A pesquisa tem por objetivo geral compreender como ocorre o ensino de Morfologia nas aulas de Língua Portuguesa no 6° ano do Ensino Fundamental em escolas de rede pública na cidade de Açailândia–MA. Como objetivos específicos: a) apontar as estratégias metodológicas utilizadas pelos docentes para o ensino de Morfologia nas aulas de Língua Portuguesa no 6° ano do ensino fundamental; b) investigar quais tem sido os desafios e/ou perspectivas em relação aos conteúdos de Morfologia; c) analisar a abordagem morfológica referente ao verbo no livro didático de Língua Portuguesa do 6° ano do Ensino Fundamental e d) apresentar possíveis estratégias metodológicas referentes ao ensino de Morfologia que visem auxiliar o professor de Língua Portuguesa. O trabalho teve como procedimentos metodológicos uma abordagem qualitativa, sendo exploratória e de campo. Assim, aplicamos um questionário on-line para 4 (quatro) professoras de Língua Portuguesa do 6° ano do Ensino Fundamental. Por meio dessas profissionais, foi traçado um panorama no qual considerou as concepções teóricas que elas têm sobre o ensino da Gramática. Além de mostrar as suas perspectivas, desafios e estratégias para construir uma prática de ensino mais significativa nas aulas de Língua Portuguesa no 6° ano do Ensino Fundamental em 2 (duas) escolas de rede pública de Açailândia–MA. Constatamos neste estudo que, apesar de as profissionais relatarem que trabalham alinhadamente ao que é debatido e defendido pelos estudos linguísticos, elas ainda apresentam dificuldades em colocar a teoria em prática para uma vivência mais significativa em sala de aula sobre o ensino de Gramática. Assim, apresentamos estratégias e metodologias eficientes para a melhoria do ensino de Língua Portuguesa na Educação Básica por meio da página do Instagram “Gramatiquices”. Por fim, o estudo mostra de que modo a Morfologia é ensinada nas aulas de Língua Portuguesa. Além de demonstrar como as discussões teóricas e estratégias, que foram propostas, podem potencializar (ou não) para um ensino mais eficiente de Gramática, possibilitando, assim, que os professores repensem as suas práticas referentes ao ensino de Português. Contribuímos, dessa forma, para o aprimoramento da prática docente e, consequentemente, para a elevação da qualidade da educação linguística em Açailândia–MA, tornando o ensino mais significativo para os estudantes. O trabalho teve como principais autores Antunes (2003), Franchi (2006), Travaglia (2009) e Neves (2021). Palavras-chave: Gramatiquices; ensino; Morfologia.
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    O LETRAMENTO LITERÁRIO PARA ALUNOS SURDOS NO ENSINO MÉDIO: o português como segunda língua numa perspectiva inclusiva
    ( 2024-06-28) BARROS, CÉSSIA MÔNICA SILVA
    Considerando as dificuldades enfrentadas pelos alunos surdos no contexto literário, observouse a necessidade de mecanismos para auxiliar o processo de letramento do discente no Ensino Médio, em um contexto de sala de aula inclusiva, motivo pelo qual o presente estudo se propõe a analisar a aquisição do letramento em língua portuguesa (LP), na modalidade escrita, para alunos surdos na rede regular de ensino, evidenciando os aspectos literários. Com essa finalidade, o estudo apresenta como objetivo geral analisar o processo de letramento literário em LP, como segunda língua para o aluno surdo, sob a perspectiva inclusiva no Ensino Médio na rede regular de ensino. E, os seguintes objetivos específicos: analisar como ocorre o letramento em Língua Portuguesa- L2 para o aluno surdo; investigar como ocorre o letramento literário do aluno surdo no componente curricular Língua Portuguesa; identificar as dificuldades dos alunos surdos concernentes ao letramento literário; produzir videoaulas com interpretação em língua de sinais acerca das obras literárias abordadas no ensino médio. A metodologia do estudo foi descritiva, desenvolvida a partir da minha prática profissional, fundamentada na pesquisa bibliográfica, adotando uma abordagem qualitativa na análise das informações coletadas nos documentos pesquisados, aonde buscouse assinalar todos os pontos importantes para o tema abordado. O estudo se baseou com os seguintes referenciais teóricos: Quadros (2005; 2019), que explana sobre a relevância da Educação Bilíngue para o surdo e o ensino da Língua Portuguesa como L2, Soares (2004), que aponta a distinção da alfabetização e letramento evidenciando às relações concernentes à aprendizagem do sistema de escrita e as práticas sociais, Strobel (2003), sobre a cultura surda, Domingues, Ventura, Cavalcante (2022), abordam a importância dos saberes literários para os alunos e os desafios da utilização da Literatura no ensino fundamental e médio, Cosson (2009), que teoriza acerca do letramento literário numa perspectiva didática. Para proceder a pesquisa foram investigadas, em estudos da área, as dificuldades enfrentadas pelo discente surdo relacionadas a leitura literária e suas implicações. Como Produto TécnicoTecnológico- PTT, buscou-se elaborar videoaulas literárias didáticas na plataforma Youtube para subsidiar o letramento literário por meio da interpretação em Língua Brasileira de Sinais – Libras. O trabalho contribuiu com o PTT, no qual a proposta dos vídeos baseia-se em interpretar obras literárias abordadas no ensino médio, explorando os recursos visuais de forma a desenvolver nos alunos a memória visual e o hábito da leitura literária. Palavras-Chave: Letramento Literário. Língua Portuguesa (L2). Libras. Inclusão. Educação de Surdos
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    A VARIAÇÃO LINGUÍSTICA REGIONAL NORDESTINA NO CINEMA:
    ( 2024-02-01) FARIAS, ANA CAROLINA FREITAS DE
    Ao longo dos anos, o ensino da Língua Portuguesa tem sido fundamentado nos princípios da gramática normativa ou prescritiva, com ênfase na ideologia de uma norma-padrão única e superior. Diante dessa abordagem, este estudo consiste em investigar a variação linguística regional nordestina, por meio de reflexões mediadas pelo cinema, em conformidade com as propostas educacionais que advogam pela adoção de metodologias que consideram a língua natural dos alunos. Quanto à metodologia utilizada, adotou-se uma abordagem qualitativa e documental de caráter exploratório. Os corpus de análise consistem nos filmes Lisbela e o prisioneiro (2003, Arraes), Cine Holliúdy (Gomes, 2013) e Ai que vida! (Filho, 2008), analisados à luz dos pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista e de seus vínculos com o ensino, de Bagno (2007, 2012, 2015), Bortoni-Ricardo (2004, 2005), Coelho (et al., 2018) entre outros. No que diz respeito à perspectiva do cinema e do ensino, esta pesquisa se fundamenta nas contribuições de Napolitano (2015), Fresquet (2013) e Oliveira (2018). Os resultados obtidos apontam a importância do cinema como recurso quando aliado à prática pedagógica, uma vez que, por meio do cinematográfico, é apresentada uma multiplicidade de conhecimentos culturais e sociais, capazes de promover a criticidade e contribuir para o desenvolvimento da autonomia do aluno. Em relação à perspectiva da diversidade linguística, são observados os seguintes aspectos: a língua é um sistema plural e o cinema possibilita a observação desse pluralismo. Além disso, incluir o filme no contexto educacional proporciona aos estudantes a oportunidade de se aproximarem de outras realidades, como a compreensão da diversidade linguística. Ao conhecerem melhor outras representações linguísticas, os estudantes também progridem na superação de estereótipos e preconceitos em relação à língua natural. Portanto, este estudo é relevante por sua contribuição ao processo de ensino e aprendizagem da língua portuguesa, com foco no uso de recursos cinematográficos como uma proposta para a reflexão sobre a variedade linguística.