AVALIAÇÃO DA SIMBIOSE DE FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES NATIVOS DE PASTAGENS NO CERRADO MARANHENSE ASSOCIADO A CULTURA DE MILHO (Zea mays L.).

Abstract

RESUMO Os fungos micorrícos arbusculares (FMAs), são uma alternativa sustentável na agricultura por promover maior crescimento das plantas, absorção de água e nutrientes. Sendo assim, sua associação ao milho (Zea mays L.) se apresenta como aliado para a promoção do crescimento e maior produtividade, visto que o milho é um importante cereal agrícola devido a sua ampla variedade de utilizações. O objetivo deste trabalho foi realizar a avaliação da simbiose de fungos micorrízicos arbusculares do solo do Cerrado maranhense sob pastagem, em associação com o milho e verificar quais espécies de fungos micorrízicos arbusculares estabelecem simbiose com essa cultura e a eficiência na absorção de P. O experimento foi arranjado em esquema fatorial com duas linhagem de milho, V1 Híbrido e V2 Caboclo com 12 tratamentos e 4 repetições, sendo VIT1 e V2T1 as testemunhas sem inoculação no solo, V1T2 e V2T2 solo sem inoculação com adubação fosfatada, V1T3 e V2T3 inoculado com Glomus glomerulatum, V1T4 e V2T4 inoculado com Rhizophagus intraradices, V1T5 e V2T5 inoculados com FMA nativos e V1T6 e V2T6 inoculados com Rootela BR®. Quanto as variáveis número de folhas, massa seca da parte aérea e teor de fósforo nas folhas não houve diferença significativa para as duas variedades. Os maiores índices de clorofila, foram observados na variedade milho híbrido, aos 30 dias após o plantio com a inoculação no solo com R. intraradices e aos 45 dias após o plantio com a inoculação no solo de G. glomerulatum, nos demais dias não houve diferença significativas. Aos 15 dias após o plantio, houve interação significativa para a altura entre os fatores variedade (milho híbrido e milho caboclo) e tratamento (solo inoculado e não inoculado com fungos micorrízicos arbusculares. As maiores médias de altura na variedade de milho Híbrido foram obtidas com a inoculação do produto comercial Rootella BR®. Aos 30 dias, verificou-se diferença significativa para altura, com os melhores resultados no tratamento com FMAs nativos. Quanto a colonização radicular, o tratamento com Rootella BR® apresentou a maior taxa de colonização para ambas as linhagens. A identificação morfológica apontou os FMAs nativos como pertencentes aos gêneros: Glomus, Paraglomus e Gigaspora.