BIORREMEDIAÇÃO DE ZINCO E NÍQUEL EM SOLUÇÕES AQUOSAS UTILIZANDO FUNGOS AQUÁTICOS ISOLADOS DO RIO TOCANTINS

Abstract

RESUMO Os metais potencialmente tóxicos são reconhecidos como importantes contaminantes ambientais devido à sua alta toxicidade, mesmo em baixas concentrações, o que pode causar sérios danos ao meio ambiente. Dentre as estratégias de remediação disponíveis, a biorremediação tem se destacado como uma abordagem promissora, utilizando microrganismos na remoção ou manipulação dessas substâncias poluentes. Foram testadas as espécies Aspergillus niger, Aspergillus sp., Trichoderma sp. e Penicillium sp. Para a preparação das soluções metálicas, foram utilizados 4,4 g de sulfato de zinco (ZnSO₄·7H₂O) e 4,02 g de sulfato de níquel (NiSO₄·7H₂O) dissolvidas em 25 mL de água, resultando em uma concentração final de 10 mg L⁻¹ e pH ajustado para 5. Os fungos foram então expostos às soluções para avaliar sua eficiência na remoção dos metais. Os resultados demonstraram que Aspergillus sp. foi o mais eficiente na remoção de níquel, atingindo uma taxa de remoção próxima a 99%. Já o Aspergillus niger e o Penicillium sp. destacaram-se na remoção do zinco, apresentando também desempenhos consideráveis. Esses resultados indicam que os fungos filamentosos podem ser uma ferramenta eficaz na biorremediação de ambientes contaminados com metais potencialmente tóxicos, oferecendo uma alternativa biotecnológica sustentável para a recuperação de áreas poluídas.