LITERATURA E ENSINO:
LITERATURA E ENSINO:
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Data
2025-06-09
Autores
CAMPOS, GILSON FELIPE TEIXEIRA
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Resumo
Esta investigação estuda a obra Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, publicada em 1995, e realiza análises que evidenciam a percepção do intertexto com outras narrativas, sendo elas: Vidas Secas, de Graciliano Ramos, com a temática da zoomorfização das personagens e Hunger Games (Jogos Vorazes), de Suzanne Collins, com os intertextos da busca por sobrevivência e a perda de valores. O romance tornou-se um dos mais famosos e renomados do autor português, por sua relevância, a diegese recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1998 e sua crítica envolve diferentes abordagens. O objetivo geral é contribuir com os estudos do ensino de Literatura, evidenciando a dinamicidade dos diálogos intertextuais para o sentido completo do texto, os objetivos específicos são: identificar intertextos possíveis no estudo da obra Ensaio sobre a cegueira, de José Saramago, na perspectiva do ensino, e apresentar uma possibilidade para o ensino de Literatura vinculado aos estudos da intertextualidade por meio da criação de um website (Produto Técnico-Tecnológico- PTT). Autores como Bakhtin (2016) com o conceito de dialogismo e Fiorin (2019) que reitera os estudos do teórico russo foram essenciais, Gérard Genette (1982), além do aporte científico de Julia Kristeva (1974), criadora do termo intertextualidade, estes foram primordiais para o desenvolvimento dos capítulos aqui apresentados. Outros teóricos como Fávero (2014), Cosson (2010) e Soares (2004), Paulo Freire (1989), pesquisadores que abordam sobre Linguística Textual, Literatura, leitura e ensino foram também relevantes para esta pesquisa. Ademais, consultamos o que está previsto nos documentos oficiais como a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) no que se refere a intertextualidade no contexto da educação básica. Os resultados das análises intertextuais apontam para a possibilidade dessa relação dialógica existente entre o romance de Saramago, as narrativas de Graciliano Ramos e Suzanne Collins e indicam a produtividade dos recursos intertextuais para os estudos literários.