ESTOQUES DE CARBONO ORGÂNICO E ATRIBUTOS QUÍMICOS/FÍSICOS DO SOLO SOB DIFERENTES REGIMES DE MANEJO NO CERRADO MARANHENSE

Abstract

Estudos que avaliem os efeitos de diferentes tipos de manejos com finalidades agrícolas sobre os solos na região Tocantina são necessários, devido a constante modificação da paisagem natural do bioma Cerrado que é predominante nesse território. Modificação essa atrelada ao estado do Tocantins, partes do Maranhão, Piauí e Bahia. Estados que formam o MATOPIBA, região onde há o avanço da expansão da pecuária e da última fronteira agrícola. O projeto teve como objetivo avaliar os estoques de carbono orgânico e atributos químicos/físicos do solo sob diferentes regimes de manejo no cerrado maranhense. O estudo foi conduzido na Fazenda Engenho Velho, localizada no município de Porto Franco, na região sul do Maranhão. A área experimental foi lavoura extensiva com histórico de pastagem (LE) e, como área de referência (controle), floresta natural estacional semidecidual do bioma Cerrado (FL). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com dois usos do solo (LE e FL), duas profundidades (0-5 e 5-10 cm) e 4 repetições. Os atributos químicos analisados foram: potencial hidrogeniônico(pH), acidez potencial (H+ + Al3+), matéria orgânica do solo (MOS), alumínio trocável (Al3+) e estoque de carbono orgânico (ECO). O solo da FL apresentou valores maiores de MOS (36,98 g dm-3 ) e ECO (14,65 Mg C ha-1 ) na profundidade de 0-5 cm, conservando esses atributos do solo de forma mais eficiente, quando em comparação com a área de LE. A resistência do solo à penetração para área de LE foi maior do que na FL nas camadas mais profundas do solo, indicando que a intervenção antrópica ao longo do tempo afeta esse atributo físico. A densidade e a umidade de LE e FL mostraram valores similares e é possível que a formação de piçarra no solo das áreas amostradas tenha interferido nos resultados. Mascarando a influência do manejo do solo. Palavras-chave: Indicadores da fertilidade do solo. Matéria orgânica. matopiba.