DETERMINAÇÃO EXPERIMENTAL DO COEFICIENTE DE FLAMBAGEM DE PEÇAS DE MADEIRA SERRADA DE PARICÁ (SCHIZOLOBIUM AMAZONICUM) COMPRIMIDAS EM TRÊS CONDIÇÕES DE APOIO

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Data
2022-11-10
Autores
SANTOS, MARLY CIRQUEIRA
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Resumo
A madeira é um material estrutural eficiente, não apenas pela ótima relação resistência mecânica/peso próprio que apresenta, mas também porque se trata de um material que impulsiona o desenvolvimento sustentável. A madeira de paricá (Schizolobium Amazonicum), assumiu particular importância especialmente na região Norte brasileira pelo rápido crescimento, ser relativamente imune a pragas e doenças e uma opção regional que supre a demanda de matéria-prima florestal e recompõe áreas degradadas. Um dos principais meios de utilização dessa madeira é a construção civil, que a utiliza como elemento estrutural. Apesar da versatilidade da madeira em estruturas existentes ao redor do mundo, inerente às vantagens deste material, a norma ABNT NBR 7190:1997, apresenta lacunas relevantes para o dimensionamento estrutural, onde apenas refere duas condições de vinculação (bi-rotulado e engastado-livre) para elementos estruturais comprimidos e não apresenta nenhum valor de k recomendado. Já a norma ABNT NBR 7190-1:2022 apresenta coeficientes para vários tipos de vinculação externa, porém, nos casos de barras bi-engastada (EE), engastada-apoiada (EA) e bi-apoiada (AA), os valores de k recomendados são iguais aos da norma ABNT NBR 8800:2008, não existindo nenhuma validação em termos de campanha experimental que sustente esses valores. O objetivo deste trabalho foi determinar o coeficiente de flambagem de peças comprimidas de madeira serrada de paricá em três situações de vinculação externas, sendo estas usuais em estruturas de madeira convencionais. Para isso, foi feita a caracterização física e mecânica da madeira analisando o teor de umidade, as densidades aparente e básica, a resistência à compressão paralela à grã e módulo de elasticidade à compressão paralela à grã. A caracterização física da madeira de paricá utilizada, revelou que esta apresentava teor de umidade entre 10,12% a 10,72% para as toras 1,2,3 e 4 e 12,28% para a tora 5, densidade aparente de 275,57 kg.m-3 e densidade básica de 236,42 kg.m-3. O ensaio de compressão paralela à grã revelou um valor médio de 20,36 Mpa e o módulo de elasticidade à compressão paralela à grã apresentou média de 7358,90 Mpa. Os valores experimentais de k, obtidos para a condição de apoio EE foi de 0,97 para valor máximo e 0,7 para médio. A condição de vinculação EA obteve valor máximo de 0,79 e valor médio de 0,68. Em relação a condição AA, esta obteve 1,19 e 0,96 para valor máximo e médio, respectivamente. Os valores experimentais obtidos máximos foram superiores aos valores teóricos e normativos, com a exceção da condição EA. Isto revela a necessidade de mais ensaios com outras espécies de madeira e vinculações para se propor valores normativos mais adequados de coeficientes k. Palavras-chave: Coeficiente de flambagem; Compressão de peças esbeltas; Carga crítica.
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